domingo, 29 de dezembro de 2013

Quem sabe um dia...


Quem sabe um dia, eu me sinta muito amada, muito querida

Quem sabe um dia eu olhe para um ente vegetal e sinta sua vida

Quem sabe um dia eu seja reconhecida pela compulsão de minha interna alegria


Quem sabe um dia volte a ser como outrora, genial

Quem sabe um dia eu me arrepie ante um autruismo colossal

Quem sabe um dia eu deixe de lado este meu lado bossal


Quem sabe um dia eu encontre minha alma gêmea

Quem sabe um dia meu lado afetivo não mais me condena

Quem sabe um dia meu emocional fique leve como uma pena


Quem sabe um dia meu futuro se torne meu agora

E meu agora se torne agradável.

E não mais precisarei contar com a esperança.

Pois tudo que tenho AGORA me preenche com abundância.

Quem sabe um dia...


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Passeando em Campos


Entendi que viver é passear em CAMPOS.

Mas para chegar à esse entendimento, só vivendo mesmo.

A recursividade da vida é resoluta quando se tem ela mesma como base. 

Quando a vida é destrinchada em pequenas partes, se chega à sua forma original , em miniatura.

E no final das contas, não há como fugir do viver. Mas existe como fugir do aproveitar o viver.

Nessas horas percebo que não existe a tão sonhada justiça humana. Mas sua possibilidade é necessária para que eu mantenha minha mente ocupada enquanto a vida corre independente.

Porque conseguir se colocar na posição de observador da própria existência é o mesmo que conseguir se colocar no trono de si mesmo. 

Nesta posição se está seguro da insegurança.

Se está seguro na pequenez humana.

Se está seguro na vulnerabilidade. 

Se está seguro no seu papel de reles animal humano.

E nesse estágio de nobre sentimento, é possível visitar os campos das sensações, certos de sua importância e efemeridade. 

Quando se está firme na incerteza, o medo da ignorância deixa de ser apenas uma entidade ameaçadora e insuportável mas também passa a se tornar mais um CAMPO de sensações. 

Diante deste quadro, viver se torna suportável, estimulando sua própria manutenção. 

E assim a vida prossegue, com dignidade para existir. E assim vivemos realidades paralelas onde as sensações são sentidas simultaneamente em várias dimensões psiquicas. 

 Nesta posição fica fácil deixar o fluir das manifestações correrem desimpedidas. Que é o mesmo que passear nos CAMPOS. 

Nos CAMPOS das sensações

Viver é passear nos CAMPOS. Nos CAMPOS dos sentimentos, das sensações. 

E a real maturidade está quando o passeio é feito na convicção da incerteza do resultado desta escolha. 

E à parte do que conhecemos e do que vivemos, a vida sente a si mesma e prossegue nos conduzindo à nossa revelia, à visitas aos nossos CAMPOS. 

Aos nossos CAMPOS interiores.


 by Kely Reis

sábado, 18 de maio de 2013

Solidão de mim mesma




E quando chega sábado à noite, tudo fica mais cinza
Como um fatalismo, a solidão parece ser a minha sina

Dá vontade de chamar algum amigo para esquecer um pouco essa sensação
Porém já sei que o sentimento ruim irá prevalecer para me dar novamente uma lição

Para onde devo olhar para encontrar meu completemento que preencha esse vazio?
A quem ou o que devo matar em mim para não mais precisar passar por esta crise de desvio?

Quantas noites de sábados mais para eu entender o que se passa neste coração despedaçado?
Preciso entender mesmo ou apenas viver aquilo que a vida me deu como presente de não bom grado?

Sinto falta de alguem que sorria para mim, me lembre que ainda valha a pena meu existir.
Sinto falta de carinho, de amor, de ternura e de um provável aconchegante porvir. 

Porque tantos véus me protegem deste encontro necessário com o meu Deus interno? 
Será a realidade do meu valor muito intragável e comparável talvez a um tipo de inferno?

Querer nao é poder. 
Ser não é compreender. 
Viver não é apenas sobreviver. 


Ou talvez

Querer é poder.
Ser é compreender.
Viver é apenas sobreviver.

E talvez simplesmente porque corroboro com conceitos sem provas e lógica vazia, eu vivo uma vida de hipocrisia e oquidão existencial. 

Será que deixar fluir será sempre o suficiente?

Quem sabe entendendo a suficiencia do que tenho agora, não tenha mais solidão daquilo que não tenho. 

Ainda em fase de testes. 



Desejo o que é de outrem



Eu quero, eu quero.

Pq não tenho?

Então quer dizer que quando tenho estou contando vantagens sem perceber?
Qual meu mérito quando só quero as glórias e seu preço deixo de receber?

Porque a possível felicidade do outro me faz lembrar do que não tenho?
Olhos nos meus olhos e percebo que a máscara já não mais sustento.

Nestas horas o que me resta é olhar para minha sombra
É lembrar que essa dor existe e precisa vir à tona

Tento resolver esse enigma
Mas muitas vezes presencio
Que a mudança é anímica
e após uma transmutação eu apenas me silencio

E mais uma vez o foco automático é no negativo.
E daí lembranças daquilo que não quero ver/ser aparecem sem aviso.

Se quando viesse esses pensamentos eu optasse por focar nas possibilidades positivas
Que de tanto serem creditadas podem sim um dia, passar a serem reais em minha vida!

Talvez mais fácil ainda, seja me centrar no presente e focar no que é positivo agora
Pq daí não sonho muitas léguas no passado nem no futuro nem no presente de outrora
Apenas observo e posteriormente me adapto a qualquer realidade q se apresente afora.

Parece que é essa a mágica da felicidade segura.
Enxergar por detrás dos veus colocados pela mente turva.

Há de se ter coragem de abrir mão do certo
Para vasculhar aquilo que não se conhece e é incerto.

Eu quero, eu quero!

Pq não tenho essa coragem, força?




Amando ou não amando, eis a questão




Supondo que me sentir amada ou sentir que estou amando produza bem estar,
Quando não sinto este tipo de conexão não posso deixar de observar
Que parece que deixei de atuar na vida 
Parece que no momento pretérito houve nenhuma conquista

Quero acreditar que amar vai muito além do sentir
Vai muito além do simples permitir

Amar é um acontecimento e não um simples pensamento
Toda ação que se realiza está dentro deste abstrato monumento

Queria um dia desapegar dessas necessidades viscerais 
De a todo tempo focar minha atenção em sensações mais do que normais
Porém para mim, que a cada momento me sinto de uma forma
Passo espontaneamente a selecionar somente aquela que me conforta

Mas como passei a acreditar que a evolução é um ato natural
Procurarei não mais filosofar em cima de realidade surreal
O que já vivo já é uma amostra original
Do amor divino e do que sou de forma integral

Vou aproveitar os ventos favoráveis
Para me focar no que de mais belo posso compreender
Apesar das ideias e pensamentos inefáveis
Ao menos isso já consigo deixar prevalecer

Que seja como Deus quiser.

Independente do que eu diga, será como tiver que ser.

Gratidão por poder ainda criar!